Os bastidores da reportagem apresentados no Rio de Janeiro

11 jun

Jornalistas de emissoras como Band, SBT, Record, e Rede Globo estiveram presentes nos dias 7 e 8 de junho, no 7º SEMINÁRIO EXXONMOBIL IETV de telejornalismo, na cidade do Rio de Janeiro, contando sobre os bastidores das matérias que foram destaque no Prêmio Exxonmobil, antigo Prêmio Esso de Jornalismo. Antes das apresentações, Ruy Portilho,organizador do Prêmio Esso há 18 anos, deixou claro que os patrocinadores do evento não influenciaram nas matérias vencedoras “a nossa comissão de jurados é escolhida a dedo”, conta o diretor.

Uma das apresentações do seminário foi a matéria do jornalista do SBT Sérgio Utsch  que mostrou como é a vida de crianças e adolescentes que se prostituem no vale do Jequitinhonha. A matéria foi finalista do Prêmio Esso de Jornalismo 2009. Na última série da matéria, o jornalista mostrou como é o artesanato na região. Ao ser perguntado por que mostrar este lado na última reportagem, Utsch respondeu “em todas as minhas matérias, eu sempre procuro mostrar o lado bom. Mesmo com tantos problemas, é importante mostrar que naquele lugar existem pessoas que fazem algo de bom, como o artesanato”, conta o jornalista.

E os momentos complicados? Até mesmo, os jornalistas mais experientes, passaram por eles “Um dia, eu fiz uma matéria no morro. No mesmo dia, o meu editor me pediu pra gravar uma matéria sobre a páscoa, com coelhinho e crianças” conta a jornalista Mônica Puga(foto),da emissora SBT. Puga contou também que assim que o expediente termina, não consegue esquecer o que foi presenciado em seu trabalho “quando chego em casa, procuro levar tudo que eu vi  como uma auto-ajuda, sei que tem gente vivendo em piores situações que as minhas”.

Assim como Puga, a vida da jornalista Ticiane Villas Boas , não é fácil. Para conseguir colocar no ar uma matéria sobre a Polícia Indígena, a jornalista teve trabalho “tive que convidar o cacique para almoçar e jantar. No começo, ele só deixou entrar na região para falar sobre a seca porque, na verdade, essa era a minha pauta. Mas, conversando com os nativos da região, eles me contaram sobre a polícia indígena, e eu quis investigar sobre o assunto”.

Sobre não ter entrevistado nenhuma mulher integrante da equipe policial que foi mostrada na reportagem, Ticiane se justificou “vocês vão se deparar com um problema chamado editor (risos). Na verdade eu entrevistei duas policiais, mas o tempo estava curto e ele mandou cortar”. Para assistir o depoimento de Letícia Gil da Rede Record com a matéria Uma Infância Perdida para o Tráfico. Clique aqui.   

Post: Matheus de Azevedo

Foto: Camila Sol

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